Os aldeídos são compostos que
possuem o carbono da extremidade da cadeia realizando dupla ligação com um
oxigênio (carbonila) e uma ligação com um hidrogênio.
* O metanal, em
solução aquosa, é o formol (ou formaldeído) usado em conservação de cadáveres e
peças anatômicas;
* O etanal (acetaldeído ou aldeído acético) é
usado na síntese de compostos orgânicos, como no preparo de etanol, de ácido
acético e do cloral (que é usado como hipnótico e que leva à formação do
clorofórmio, que é um anestésico, e do inseticida DDT); na redução de sais de
prata na fabricação de espelhos (reativo de Tollens) e na obtenção de resinas;
* A vanilina (3-metóxi-4-hidroxibenzenocarbaldeído),
extraída da orquídea Vanilla planifólia, é
o composto ativo da essência de baunilha;
* O cinamaldeído confere o sabor e o odor característicos da canela.
Esses exemplos
mencionados, apesar de possuírem propriedades bem diferentes e serem usados em
aplicações distintas, possuem algo em comum: todos eles são do grupo dos aldeídos.
Os aldeídos são todos os
compostos orgânicos que possuem o grupo carbonila ligado a um hidrogênio, ou seja, esse grupo funcional sempre vem na
extremidade da cadeia carbônica.
Grupo funcional dos aldeídos “R”
representa qualquer radical orgânico. Se na cadeia carbônica há apenas um grupo
COH dos aldeídos, o composto é classificado como monoaldeído; mas se há dois ou
mais desse grupo, então é um polialdeído.
Conforme
os exemplos acima mostram, os aldeídos de menores massas molares possuem cheiro
forte e irritante, mas à medida que a cadeia carbônica vai crescendo, eles
passam a ter aromas agradáveis. O metanal e outros aldeídos menores são
solúveis em água porque realizam ligações de hidrogênio. Todavia, as moléculas
maiores vão se tornando cada vez mais insolúveis em água, mas são solúveis em
solventes orgânicos como o álcool, o éter e o benzeno.
Apesar
de realizarem ligações de hidrogênio com a água, graças à presença da
carbonila, os aldeídos não realizam esse tipo de interação entre suas próprias
moléculas. Em vez disso, elas atraem-se pela forças intermoleculares do tipo
dipolo permanente.
O
metanal e o etanal que possuem 1 e 2 carbonos na cadeia, respectivamente, são
gases em condições ambientes. Os demais são líquidos em sua maioria, e os que
possuem a massa molecular bem elevada apresentam-se no estado sólido.
A nomenclatura dos
aldeídos segundo as regras oficiais estabelecidas pela IUPAC é a seguinte:
Regra de nomenclatura dos aldeídos.
Exemplos:
Nomenclatura de aldeídos não ramificados.
Observe
que, diferentemente das demais funções orgânicas, não é preciso numerar a
cadeia para indicar de onde o grupo funcional indicado pelo sufixo “al” está
saindo. Isso porque, conforme dito, esse grupo funcional dos aldeídos vem
somente no carbono da extremidade.
No
entanto, os exemplos apresentados acima são aldeídos não ramificados, ou seja,
que apresentam somente duas extremidades livres. No caso de aldeídos ramificados
ou com insaturações (ligações duplas ou triplas) na cadeia carbônica, é
necessário sim escolher a cadeia principal e numerar os carbonos.
A
cadeia principal será aquela que conter o grupo funcional, as insaturações e a
maior quantidade de átomos de carbono. Se houver algum empate, será escolhida a
cadeia que tiver mais ramificações. A numeração dos carbonos inicia do carbono
do grupo funcional.
Veja alguns exemplos:
Nomenclatura de aldeídos segundo as regras da IUPAC:
A
nomenclatura usual é feita escrevendo-se a palavra “aldeído” seguida do nome
usual do ácido carboxílico correspondente. Mas ela só é utilizada para aldeídos
de cadeia normal (não ramificada) e saturada (que possui somente ligações
simples entre carbonos.
Exemplos:
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